O CURSO TEM 40HORAS, OU SEJA, PRA QUEM PRECISA DE HORAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES É A MELHOR PEDIDA... ABRAÇOS,
sexta-feira, 30 de abril de 2010
DEPOIS DO CONGRESSO SÓ O CURSO DE EDIÇÃO
O CURSO TEM 40HORAS, OU SEJA, PRA QUEM PRECISA DE HORAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES É A MELHOR PEDIDA... ABRAÇOS,
Em Nome da Publicidade e Propaganda, Amém
Cerveja Heineken Fazendo as Feias Transarem desde 1864.
Ontem dia (29/04) na palestra de Ricardo Galletti, no III Congresso Seama de Comunicação, foi dito a importância de uma boa propaganda, que se você surpreender o consumidor com frases de efeito você já o ganha de certa forma.
Ex: Gastronomia - Todos os cogumelos são comestíveis, porém alguns, você come só uma vez.
Dê sua opinião, Aqui é seu espaço.
Tivemos comentários sobre o coffee break.
E você o que achou?
Arilson Freires relata suas experiências com o jornalismo regional no III Congresso Seama de Comunicação
Na noite amena do dia 29 de abril, assistimos a uma palestra essencial para o nosso curso de Jornalismo. Trata-se da palestra sobre o Jornalismo Regional, ministrada por Arilson Freires Gomes, gerente de jornalismo da TV Amapá, com mais de uma década de experiência.
Arilson Freires iniciou a palestra didática analisando a televisão como um meio de transformação social e de diminuição das distâncias culturais. Isso se deve, diz ele, ao fato de a televisão brasileira ser acessível à grande parcela da população.
De acordo com Freires, muitas pessoas assistem a TV como única fonte de informação, por isso, os telejornais são vistos, muitas vezes, como uma programação confiável. Isso faz com que a responsabilidade dos jornalistas seja redobrada.
É por essas e outras que os jornalistas precisam evitar, com todo o esforço necessário, cometer erros e quando houver erros estes devem ser assumidos e reparados com rapidez.
Contextualização
Freires explicou que conhecer previamente o contexto ao qual está inserido o telespectador, tanto a situação cultural, social ou econômica permite ao jornalista elaborar roteiros cujos textos sejam esclarecedores.
As imagens, por sua vez, devem proporcionar ao telespectador uma inter-relação entre os fatos falados. As imagens, dessa forma, devem remeter ao receptor da notícia dados registrados em sua memória visual, emocional e espacial.
O jornalista precisa ler sempre para se manter atualizado sobre os acontecimentos da cidade e saber contextualizar fatos antigos na matéria, se for relevante fazê-lo. “Leitura é fundamental para a contextualização de uma matéria”, destaca Freires.
Segundo Freires, é muito importante aos jornalistas desenvolver um estilo para escrever, editar e fazer matérias ou reportagens. Esse estilo trará um grande diferencial no mercado de trabalho.
Outro assunto interessante abordado na palestra foi a questão de escutar o entrevistado: “Os jornalistas precisam reaprender a ouvir”, afirma Freires.
Ele lembra que existem muitos jornalistas que enumeram várias perguntas e não se preocupam em escutar o entrevistado quando este deixa um gancho para uma nova pergunta que seria interessante para o público.
Texto falado e não narrado
Segundo Freires, uma das maiores precauções do jornalista televisivo tem de ser com o uso da linguagem. O texto deve ser produzido em linguagem coloquial, que está mais próxima do linguajar das pessoas.
Quando se diz que o texto não pode ser narrado, isto significa que o texto não poderá ser feito de maneira que a leitura se torne forçada, ou seja, o texto tem de ser feito como se fosse uma conversação.
As imagens, por sua vez, devem oferecer composição visual dentro da existente no ambiente de vida do telespectador. “A TV não pode apenas contar um fato, ela precisa, acima de tudo, mostrar”, afirma Freires.
O repórter, segundo ele, dirige diariamente um novo filme baseado em histórias reais. E é de suma importância ao jornalista investir em conhecimentos para saber lidar com todas as áreas jornalísticas: cinegrafia, edição, redação jornalística, etc.
O mercado de trabalho preza por um profissional multifuncional, daí a importância do canudo de jornalismo. A busca por mais conhecimento sempre será importante e nunca perderá seu valor.
Apresentação das matérias regionais exibidas pela Rede Globo
Arilson Freires apresentou três matérias produzidas por ele e exibidas pela Rede Globo. Dentre elas, uma, em especial, provocou alegria e risos na plateia.
Foi a matéria da Vovó Iaiá, uma senhora de cem anos que voou num paraquedas. Foram 22 segundos de queda livre. A vovó ria para a câmera e gesticulava mandando tchauzinhos para quem assistia ao programa "Mais você" da Ana Maria Braga.
Para Arilson, o bom jornalista precisa reaprender a se surpreender - enxergar as coisas como se as visse pela primeira vez - para transmitir isso aos telespectadores.
***
É como descreve, com muita criatividade, Jostein Gaarder, em "O Mundo de Sofia".
Trecho do livro “O Mundo de Sofia”
Um coelho branco é tirado de dentro de uma cartola. E porque se trata de um coelho muito grande, este truque leva bilhões de anos para acontecer.
Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pêlos do coelho. Por isso, elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem.
Mas, conforme vão envelhecendo, se arrastam cada vez mais para o interior da pelagem, por onde ficam. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pêlos, lá em cima.
Só os filósofos têm ousadia para se lançar nesta jornada rumo aos limites da linguagem e da existência.
Alguns deles não chegam sequer a concluí-la, mas outros se agarram com força aos pêlos e berram para as pessoas que estão lá embaixo, no conforto da pelagem do coelho, enchendo a barriga de comida e bebida:
— Senhoras e senhores — gritam eles —, estamos flutuando no espaço!
Mas nenhuma das pessoas lá de baixo se interessa pela gritaria dos filósofos.
— Deus do céu! Que caras mais barulhentos! — elas dizem.
E continuam a conversar: será que você poderia me passar a manteiga? Qual a cotação das ações hoje? Qual o preço do tomate? Você ouviu dizer que a Lady Di está grávida de novo?
***
E você está em que parte da pelugem do coelho?
Isabella Araujo – SEAMACOM
INFRAESTRUTURA
Está acontecendo o III Congresso Seama de Comunicação, que conta com palestrantes de peso, como, Oswaldo Coimbra, Lula Vieira, Ricardo Galleti e Arilson Freire, eles estão abrilhantando nosso evento, mas é preciso lembrar-se das equipes de apoio: SeamaCom, Inove, Coordenação do curso de comunicação, Gerifra, Servi-san.
E claro, você aluno, imprensa e visitante, estamos fazendo o possível e o impossível para que possa se satisfazer com nosso evento, e voltar para os congressos que virão.
Bom, já citei os palestrantes, as equipes de apoio, o que falta?
Falta o seu comentário sobre o congresso, o que você ta achando? O que você acha que pode melhorar? O que surpreendeu você?
Esse é o seu espaço, venha e participe, dê sua opinião, sua sugestão de pauta, estamos ansiosos por suas idéias.
Por: Anderson Calandrini
Jornalismo é prosa/publicidade é poesia...
Por mais que o título se pareça com o trecho de uma música da Rita Lee, este nada mais é do que o resumo da palestra de Ricardo Galletti, que aconteceu nesta quinta (29). Com apenas uma frase, ele conseguiu diferenciar o jornalismo da publicidade e, ao mesmo tempo, mostrar a essência de ambos.
Segundo Galletti, publicitário renomado e atual diretor de criação da Amazoon, embora o jornalismo e a publicidade usem a linguagem como instrumento, elas acabam sendo diferentes pela forma como abordam essa ferramenta. O jornalismo acaba sendo “prosa”, porque como é uma profissão que visa gerar serviços úteis às pessoas, acaba tendo necessidade de ser a mais clara e concisa possível, sem duplos sentidos ou figuras de linguagem literárias.
Por outro lado, a publicidade se torna “poesia”, porque ela não tem limites. A publicidade pode escrever coisas como “o mundo é uma festa, mas o gelo está acabando”, porque não procura passar às pessoas o que elas precisam ouvir. Na verdade, a publicidade procura, acima de tudo, vender um produto.
Porém, o mundo publicitário não é uma anarquia. Apesar de não possuir tantas regras quanto o jornalismo, a publicidade tem alguns truques que são infalíveis para que o produto seja vendido. Conforme Ricardo Galletti, esses truques são: dar uma personalidade para a marca, usar o humor em suas criações, descobrir e dramatizar o benefício que o produto oferece ao consumidor, usar figuras de linguagem como a metáfora e a metonímia, usar sintaxe e semântica corretas e, é claro, usar elementos da poesia como a métrica, a redondilha maior, a redondilha menor e o verso heróico.
Se estes pequenos truques forem usados, a propaganda trará bons resultados para o vendedor do produto. Um resultado seria a criação do álibi intelectual, que é a forma que a publicidade encontra de justificar a compra do produto, por mais que este não seja necessário para o consumidor. Um exemplo seria o desejo que a propaganda imprime nas pessoas de comprar uma Ferrari. Porém, a Ferrari é cara e os consumidores, se realmente estiverem precisando de um carro, podem muito bem comprar um mais barato. Todavia, o publicitário sabe disso, e então cria um slogan dizendo que uma Ferrari seria o melhor carro a se comprar. Dessa forma, ele cria um álibi para que os consumidores possam, em muitos casos, justificar o próprio erro.
Em relação ao publicitário, Galletti afirma que esse tipo de profissional deve ser especialista em assuntos gerais, ter sempre curiosidade intelectual e possuir um saber mais horizontal que vertical, ou seja, saber de tudo um pouco, sem necessariamente se aprofundar no assunto.
No fim, Ricardo Galletti respondeu todas as perguntas de modo sagaz e conciso, igual uma propaganda feita por ele. Depois de uma pergunta, Galletti respondeu que “quem quer vender, faz propaganda”. Eu concordo com ele, pois quem quer comprar é porque já viu uma.
Por Carolina Flor
O príncipe e o publicitário
Contudo, embora Ricardo Galletti não possua diploma de publicitário, seu currículo acaba servindo como um. Galletti já trabalhou em São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Nova Iorque, Londres e em Caracas, onde foi redator-chefe da campanha que reelegeu o atual presidente da Venezuela, Hugo Chávez. “A campanha do Chávez foi muito legal. Foram três meses de campanha e a disputa foi acirrada. Ele é um homem do povo, como o Lula. Ele vem de uma classe trabalhadora, então ele tem o apoio da maioria da população. É evidente que a elite odeia o Chávez, mas a elite é muito pequena. A Venezuela é um país de 28 milhões de habitantes, ou seja, é menor do que o estado de São Paulo. Lá, só 3% da população pertencem às classes A e B. Os 97% restantes pertencem à classe C, D e E. Resumindo, os venezuelanos o adoram”, diz o publicitário.
Em relação às más notícias que ouvimos todos os dias sobre Hugo Chávez, Ricardo Galletti esclarece que as coisas não são bem assim. “A elite é que odeia Hugo Chávez. A elite é que controla o noticiário. O que você sabe sobre o Chávez é o que você lê nos jornais, e esses jornais são gerados na Venezuela pela elite do país, que é dona das rádios, televisões, jornais e que distribui as matérias pelo mundo inteiro. E essas matérias são sempre desfavoráveis ao presidente de lá”, explica.
Quando questionado sobre o que pensa do atual presidente da Venezuela, Galletti desabafou. “Pessoalmente, tenho restrições a ele. Todavia, isso quer dizer nada, porque o povo venezuelano o adora e quer ele como presidente”, declara o ex-redator-chefe da campanha de Chávez.
Por Carolina Flor
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Oswaldo Coimbra abre com brilhantismo o III Congresso Seama de Comunicação
Ontem às 19h, sentados confortavelmente em nossos assentos no salão de atos da Faculdade Seama, pudemos apreciar a palestra do jornalista e professor Oswaldo Coimbra, autor do livro “O texto da reportagem impressa”. O tema da palestra foi: O processo de produção do texto da reportagem impressa.
Coimbra acredita que a palavra é apaixonante e faz parte da tradição cultural humana. Para ele, as dificuldades em escrever um bom texto não se relacionam apenas com falta de leitura, mas também se devem ao fato de os leitores não poderem empregar o vocabulário novo no cotidiano, uma vez que existe um policiamento social no uso das palavras.
Acontece que, de fato, a maioria das pessoas se sentem inibidas em expressar o que aprendem nos livros. Isso se deve, diz ele, ao fato de a sociedade criar estereótipos para quem costuma se manifestar de forma diferente dos padrões socioculturais.
Dificuldades na compreensão da escrita
Detentor de um imenso conhecimento narrativo, Coimbra explicou que a linguagem corporal e a escrita trabalham em conjunto no nosso dia a dia, por isso, é muito difícil conseguir expressar em códigos linguísticos arbitrários (letras, palavras) o que realmente desejamos e da forma como desejamos. “Ler um texto é muito diferente de conversar pessoalmente com alguém. Na conversa cara a cara podemos observar as expressões corporais e na leitura de um texto escrito, que representa o discurso verbal de alguém, há grandes chances de haver ruídos na comunicação”, ressalta.
Um grande exemplo de entropia na comunicação aconteceu com um dos maiores compositores brasileiros, ninguém menos que Chico Buarque de Hollanda.
Ele compôs a canção “Mulheres de Atenas” em 1976 para a peça “Mulheres de Atenas”, de autoria de Augusto Boal. Ao escrever a letra, Buarque desejava instigar a revolta entre as mulheres que se humilham aos seus maridos. Porém, em plena ditadura militar e período de vigência do AI-5, a letra de cunho feminista dificilmente passaria pela censura.
Assim sendo, ele decidiu usar o recurso da ironia, como se estivessem elogiando as mulheres “à moda antiga”. A peça foi considerada um escândalo na época. Eles receberam muitas vaias e cuspes. As pessoas esperavam assistir a uma encenação libertária, mas viram apenas uma mulher que era sombra do marido.
A intenção de Buarque e Boal era fazer com que os espectadores se sentissem penalizados e revoltados com a situação das mulheres atenienses. Mas, o que aconteceu, foi que muitos acabaram se revoltando contra eles dois.
Habilidades necessárias para escrever bem e com criatividade
Curiosidades à parte, voltando às explanações de Coimbra sobre a produção de texto, o pós-doutor em jornalismo explicou que existem três habilidades principais para se escrever bem: desenvolvimento da capacidade de percepção; organização e associação das percepções; e, por fim, a verbalização.
De acordo com Coimbra, é preciso enxergar as situações corriqueiras de diversos ângulos para extrair delas o melhor, isto é, o bom jornalista precisa viver com os olhos atentos às minúcias dos acontecimentos. Este é o primeiro passo para escrever com originalidade.
Dúvidas
Uma pessoa na plateia fez a seguinte pergunta: o lead não seria uma forma de ofuscar a criatividade e originalidade? Então, qual seria a solução?
Oswaldo Coimbra respondeu que o New Jornalism (Novo jornalismo ou jornalismo literário) é uma excelente forma de driblar essa situação. Esse gênero jornalístico mistura história e literatura. O escritor é livre para narrar o fato com personagens, detalhes e o máximo de informações possíveis.
O jornalismo literário requer muita dedicação, apuração e persistência do jornalista.
Indicações de leitura
O texto da reportagem impressa – um curso sobre sua estrutura
Autor: Oswaldo Coimbra
A Sangue Frio
Autor: Truman Capote
***
O que você achou da palestra de Oswaldo Coimbra?
Quais são suas expectativas para a palestra de hoje?
Desafio de Oswaldo Coimbra:
Você sabe qual é a importância da Fortaleza de São José de Macapá? O que ela representa?
Qual é a importância da Amazônia?
Pense nisso!
Isabella Araujo - SEAMACOM